Como saber se é: Desatenção, TDA, TDAH, preguiça ou falta de motivação?

Como saber se é: Desatenção, TDA, TDAH, preguiça ou falta de motivação?
Essas dúvidas devem ser analisadas com muita atenção e exigem uma observação atenta, profunda e, muitas vezes, requerem uma abordagem multidisciplinar.
Vamos por etapas. Primeiro vamos entender a diferença entre TDA e TDAH, também chamados de DDA e DDAH, respectivamente.
TDA= Transtorno do déficit de atenção.
TDAH= Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade.
O TDAH, na verdade, é um transtorno neurológico de causas genéticas e reconhecido pela Organização Mundial da Saúde. Desde a infância o portador de TDAH apresenta desatenção, inquietude e impulsividade, sendo que esses sintomas permanecerão durante toda a vida. A hiperatividade tende a melhorar com a idade.
Já no TDA, o indivíduo apresenta somente o déficit de atenção não associado à hiperatividade, como no TDAH.
Nas crianças, o TDAH vem associado à dificuldade escolar, tanto no conteúdo como no relacionamento com as outras crianças, professores e com os próprios pais. É muito comum serem chamadas de “avoadas”, “vivem no mundo da lua”.
A hiperatividade se caracteriza, como o próprio nome diz, por um excesso de atividade, a criança não para quieta, diz-se que “tem bicho-carpinteiro”, “é elétricas”, “ligada no 220”.
Logo, o TDAH tem associadas a falta de atenção e a hiperatividade (o que é muito comum).
O TDA é basicamente uma disfunção geneticamente herdada do córtex pré-frontal devido, em parte, à deficiência de um neurotransmissor: a DOPAMINA. O diagnóstico final deve, necessariamente, ser feito por um profissional da área médica, em geral, um neurologista ou um psiquiatra, que receitará uma medicação para suprir a falta desse neurotransmissor. Em geral, o uso da Ritalina, Conserta ou algum outro medicamento de última geração atua no cérebro do portador, fazendo às vezes da dopamina, compensando essa deficiência. Assim, o sintoma é tratado, normalmente a concentração e o foco são restabelecidos durante a atuação do medicamento.
As dosagens dão um pouco de trabalho para serem acertadas, mas os resultados valem a pena. Ressalto, novamente, que esse diagnóstico final e medicamentoso só pode ser feito por um médico. Essa é uma diferença significativa entre uma simples desatenção e um quadro de TDAH ou TDA. A desatenção simples não deve ser tratada com medicamentos, somente desenvolvida e treinada com exercícios de foco e concentração. A ajuda de um profissional, como um professor ou um psicopedagogo(a), além da colaboração do “desatento”, é suficiente. Esse é um quadro de caráter mais transitório.
O mesmo vale para a preguiça e a desmotivação. Se muito acentuadas, é bem-vinda a ajuda e intervenção de um psicopedagogo ou psicólogo, que podem auxiliar a detectar e superar eventuais causas emocionais que desencadeiem esses processos.
Pais, professores, psicopedagogos e psicólogos podem e devem observar atentamente as crianças. Havendo suspeitas de que o grau de desatenção e/ou agitação atingem patamares altos e, principalmente, constantes, devem encaminhar essas crianças ou jovens a um médico especialista, para que esse profissional confirme ou não o diagnóstico e, eventualmente, entre com medicação adequada, se for o caso.
É um processo trabalhoso e delicado, que deve receber a devida atenção. De qualquer forma, há soluções! A preguiça, a desatenção e a falta de concentração podem ser treinadas, melhoradas e vencidas, assim como o TDA e o TDAH, se diagnosticados corretamente, poderão ser tratados com medicamentos. O neuroestimulante que age como um “substituto” para a dopamina no cérebro, leva o indivíduo a restabelecer sua atenção e a poder ter o seu processo de aprendizagem restabelecido em patamares mais confortáveis, assim como o hiperativo consegue ficar um pouco mais tranquilo e exercer melhor seu papel de estudante e suas outras atividades.
Ficar atento, observar e agir são essenciais em todos os casos.
Falaremos mais sobre esses e outros assuntos ligados à educação e aprendizagem nas próximas matérias. Esperamos ter podido colaborar um pouco e elucidado algumas dúvidas.
Até breve,
Maria Tereza Gomes Basile
Psicopedagoga
Basile Estudo orientado – Aulas Particulares
m.basileestudoorientado.com.br
www.basileestudoorientado.com.
3022 2263 e 3022 2264

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